Acabou de sair do forno. Gravado entre o fim de 2009 e o início de 2010, este mais novo álbum é, como costumo dizer, pura esquizofrenia sonora. Um trabalho de experimentação de sons, de texturas, de ritmos e de idéias. Há vocais, mas quase não há letra. As músicas são quase todas instrumentais. Usei de todos os recursos que dispunha e, with a little help from my friends, estou parindo uma viagem psicodélica que não precisa ter alucinógenos: basta um fone de ouvidos. Ainda assim, há um contexto. O disco apresenta um conceito, tem uma ligação entre as músicas e várias idéias advindas de meus estudos filosóficos são transformadas em sons de maneira objetiva ou subjetiva. Portanto, o disco tem também uma faixa multimídia, com um encarte virtual em html, onde eu explico tudo direitinho e apresento um monte de extras. Ainda assim, vou dar um breve resumo do que se trata.
Acho que, pelo caráter subjetivo destas músicas, cada pessoa vai ter uma história diferente na cabeça. O que é realmente meu objetivo. No entanto, sem querer tolher a criatividade de ninguém, devo publicar, junto com o álbum, a minha própria visão da coisa. Deixo uma sugestão: ouçam o disco antes de ler qualquer palavra. Criem sua própria referência. Depois vejam as minhas. Como dizia o velho mestre, Raul dos Santos Seixas, “antes de ler o livro que o guru lhe deu, você tem que escrever o seu”. Essa tem sido a frase que guiou toda a minha busca filosófica e estética desde a infância. Traduz bem o espírito crítico dos verdadeiros grandes filósofos e artistas (o que pretendo me tornar, um dia).
Certamente, a maioria de vocês já leu, assistiu ou, no mínimo, ouviu falar da obra de Lewis Carrol – Alice no País das Maravilhas. Pra quem não sabe, trata-se da história de uma menina que vive estranhas aventuras numa terra onde as leis da física e da lógica não dizem muita coisa, um lugar fantástico, com personagens surreais e acontecimentos muito curiosos.Daí, resolvi usar esta grande obra literária como pano de fundo para uma paródia sonora. Imaginem o célebre filósofo inglês, Sir Isaac Newton, vindo lá da sua era para os dias atuais: creio que ele veria nosso mundo com um olhar assustado, curioso e cheio de estranhamento, tal qual Alice em face do País das Maravilhas. Como Newton veria a física moderna? Como ele olharia para nossas grandes metrópoles, cheias de maravilhas da tecnologia e da engenharia, mas também tão impregnadas de miséria, de egoísmo e de violência – imaginem Sir Newton perdido numa grande metrópole ou numa favela? Como poderia Sir Isaac encarar as duas bombas que varreram Hiroshima e Nagasaki em 1945? E a televisão? A internet? Os aviões? Naves espaciais? A economia? A política? Acho que nem em seus sonhos mais loucos ele poderia imaginar algo como o mundo de hoje.Bom, quem quiser saber mais vai ter que comprar o disco. Em breve haverá um evento de lançamento e, a partir daí, o disco será vendido a R$ 6,00. Tem 15 faixas e dura meia hora. Dá pra ouvir a maioria das músicas no www.myspace.com/eusounada.O lançamento será no dia 16 de setembro de 2011, no Public House Pub, no condomínio fribourg park, que fica no fim da Via Expressa, no cônego. Estará rolando o evento SERRA ELÉTRICA APRESENTA, com shows dos conjuntos FOLHAS NO QUINTAL (NF) E GRANMOSTARDA (RJ) e o CD vai ser vendido a R$ 6,00. Vale a pena conferir! o panfleto do evento vai abaixo.
