9 de junho de 2016

Quem é esse cara?




Cantor, compositor, poeta, produtor cultural, filósofo, gestor, palestrante, oficineiro, militante da cultura independente. O Vazio é uma das figuras mais ativas na cultura de Nova Friburgo/RJ nos últimos dez anos. Fundador de coletivos colaborativos, esteve ativo na política cultural, foi gerente do Teatro Municipal de Nova Friburgo, foi produtor técnico do Festival Sesc de Inverno em Nova Friburgo por três vezes, foi Analista Técnico de Música do Sesc Nova Friburgo e apresentou-se por centenas de locais de diversos portes com várias bandas. Morou no carro por quase um ano, apresentando-se na rua, vendendo CDs e viajando. Já produziu a apresentação de mais de duas centenas de bandas, grandes e pequenas, de diversos estilos e origens, nesses anos de atividade cultural.

Nascido João Leonardo de Almeida, a 06 de maio de 1981, na cidade de Niterói/RJ, filho de um veterinário e uma médica (ambos homeopatas), tem 04 irmãos mais novos, cresceu na serra andando descaço e lidando com atividades rurais. Batizou-se no rock and roll e tornou-se o Vazio por uma questão filosófica e poética. Estudou no IFCS e foi professor de filosofia no ensino médio por 8 anos. Ativo no cenário cultural desde o fim dos anos de 1990, já esteve em diversas produções de grande, médio e pequeno porte, executando diversas funções, de artista a técnico, de produtor executivo a auxiliar de montagem.

Pai de uma menina de 07 anos, divorciado, vegetariano, botafoguense, mora (e ensaia) num loft octogonal de madeira (construído em grande parte por ele mesmo), entre as árvores, numa montanha, e bebe água da nascente. Dono de uma performance de palco intensa, teatral e enérgica, poeta de palavras certeiras, portador de personalidade forte, interessa-se por construções alternativas, mecanismos, engrenagens, engenhos, técnicas, do it yourself e formas sustentáveis de geração de energia, sempre prezando a capacidade de desenvolvimento e provisão de forma independente, para a vida cotidiana e para os trabalhos. Gosta de usar roupas velhas e gosta de pizza. Detesta batata baroa, mas prepara uma abóbora recheada que é famosa. Fica mal humorado desde que acorda até beber o primeiro cafézinho, às vezes fala demais, às vezes é cabeça dura, às vezes fica triste.

Descrente das instituições, das religiões, dos partidos, do estado e dos movimentos. Sujeito de opiniões contundentes e raciocínios curiosos, busca seus pensamentos sempre fora do óbvio, acredita no potencial do ser humano, na igualdade de direitos e na zona autônoma temporária. Sem ideologia definida, tem fortes tendências anarquistas. Acredita na arte como vetor de transformação, mas defende que a arte tem seu valor em si mesma e, principalmente, porque ela é completamente inútil e absolutamente essencial. Por vezes, sua auto-confiança o faz parecer arrogante e sua determinação o leva ao erro, mas não tem medo de mudar de opinião, de pedir desculpas e nem de perdoar a si mesmo para tentar de novo. Prefere pecar pela ação do que pecar pela omissão.

Proclama a valorização da origem bandoleira destas terras serranas onde fez sua morada, em oposição ao culto dedicado à origem aristocrática dos barões, pregado pela história oficial.

Defensor ferrenho dos trabalhos autorais, é amante de todas as artes. Gosta de ler quadrinhos, poesia, contos e filosofia. Não assiste televisão, mas gosta de ouvir rádio. Não gosta de redes sociais. No entanto, as usa conforme é necessário ou conveniente. Detesta as propagandas do youtube. Coleciona discos de vinil e gosta de gravar música em fita K7 com um Tascam analógico de 04 canais. No entanto, adora a tecnologia digital.

Prefere fazer algo a ter algo. Gosta de estar com os amigos e gosta de estar sozinho. Adora conversar. Sabe ser agradável e sabe ser um chato. Prima sempre pela realização das histórias, as vivências, a experiência. Mas também preza a reflexão sobre a realidade. Crê na busca por fazer da arte espelho da vida e da vida espelho da arte. Não é contra nada. Apenas é a favor de outra coisa. Hora traz a solução, hora cria confusão. Algumas vezes, tem razão.

Apaixonado e compulsivo pelo seu trabalho, bebe rum, cerveja artesanal e toca violão de papo pro ar entre um trabalho e outro. Nem sempre tem grana no bolso, mas nunca lhe faltou nada.

Sempre sonhou em voar. Mas sempre teve o pé no chão.