Letras de Músicas

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Vendi minha alma ao rock´n´roll
(o Vazio)

Não, meu bem, eu não sou vagabundo;
Apenas escolhi outra função no mundo.
Não, amor, eu não sou relapso:
Apenas são outras as coisas que eu faço...

Oh, vendi minha alma ao rock´n´roll...
Oh, vendi minha alma ao rock´n´roll...

Não, amigo, eu não sou agressivo;
Apenas é intensa a forma como eu vivo.
Não, não sou a favor do crime:
Apenas é outra a lei que me rege...

Oh, vendi minha alma ao rock´n´roll...
Oh, vendi minha alma ao rock´n´roll...

Eu não sigo Deus, não sigo homens, não sigo salário.
Eu não busco ter qualquer garantia.
E se escrevo torto por linhas certas,
É porque estou certo das minhas metas...

Oh, vendi minha alma ao rock´n´roll...
Oh, vendi minha alma ao rock´n´roll...

Rock´n´roll é um santo remédio
Pra aumentar o tesão e acabar com o tédio.
Rock´n´roll é um caminho atraente
Pra lidar com a dor e ver a vida de frente...

Oh, vendi minha alma ao rock´n´roll...
Oh, vendi minha alma ao rock´n´roll...

Eu não sigo Deus, não sigo homens, não sigo salário.
Eu não busco ter qualquer garantia.
E se escrevo torto por linhas certas,
É porque estou certo das minhas metas...

Oh, vendi minha alma ao rock´n´roll...
Oh, vendi minha alma ao rock´n´roll...
Oh, vendi minha alma ao rock´n´roll...
Oh, vendi minha alma ao rock´n´roll...


Pra fora do mapa
(o Vazio)

Hoje em dia, já te entregam tudo pronto.
Não dá tempo de pensar ponto por ponto.
Sempre tem um intermédio no encontro.
Falta espaço pra chegar até o outro...

Eu to lançando o meu barco na água,
Mas quem quiser embarcar pode vir.
Os meus marujos são sujos piratas
E estamos nessa é pra nos divertir.

O lance é que já to de saco cheio.
Não aguento mais esperar.
Tá faltando vir algo que ainda não veio,
Por isso é preciso navegar
Pra fora do mapa...

Eu não sei se esta canoa tá furada
ou se, de repente, algo diferente vai surgir.
Eu não tenho garantias de nada.
Por outro lado, eu não to nem aí.

Sei é que já to de saco cheio.
Não aguento mais esperar.
Tá faltando vir algo que ainda não veio,
Por isso é preciso navegar
Pra fora do mapa...

Mecânica
(Erick Eller/Bruno Eller/Lucas Santos/o Vazio)

Antigamente
Eu era um moleque invocado.
Debochado e descuidado,
Mas um bocado mais contente...

Atualmente,
Sou um sujeito inteligente.
Formado, reformado, deformado,
E um bocado mais descrente...

Os olhos das pessoas não contém verdade.
Eu olho isso tudo com saudade
De cantar, de sorrir, de viver com vontade
Em algum lugar longe daqui...

Gradualmente,
A gente vai sendo adestrado.
Controlado e devorado.
Sonhando e vivendo mecanicamente...

As ruas são calçadas com saudade.
Eu olho isso tudo com vontade
De gritar, de fugir, de viver de verdade
Em algum lugar longe daqui...

A vida aqui é mecânica.

Insaciável Martelo
(Farrah/Flavia/Lucas/o Vazio)

Os idiotas passavam.
Só rindo. Um belo domingo.

O lado falido,
Seu tempo, seu dinheiro...
A vida num caça níquel...

O céu azul e os imbecis sorrindo...

Calor absurdo,
Preço absurdo,
Amor impossível!

Temor absurdo,
Jornal absurdo, sim!

Mas eu tenho um martelo.
Insaciável...

Fio desencapado
(o Vazio)

Sempre fui
Um tanto quanto aloprado.
Um fio desencapado.
Sempre brigando demais.
Hora certo, hora errado.

Mas sempre estive ao lado dos meus
Naqueles momentos em que fui capaz.
Pois quando a gente vai,
Leva as amizades e nada mais...

E nada é mais.

Sei que sou
Meio grosso e desajustado.
Como um sapo abusado
Que invadiu a festa no céu
Em um violão descuidado.

Mas vou ficar até o final.
Mesmo se a queda for fatal.
Pois quando a gente vai,
Só o que importa é se foi legal...

E eu to legal.

Eu era noite
(o Vazio)

Eu e a noite.
Sem rumo e sem lugar.
Só eu e a noite
Até o sol raiar...

Abro os olhos
E abro a cabeça,
Abro o coração
E abro a porta
Pra sentir a luz que entra...

Eu era noite.
Noite escura e sem luar.
Eu era noite
Até você chegar...

Abro os olhos
E abro a cabeça,
Abro o coração
E abro a porta
Pra sentir a luz que entra...

Fábrica de Carros
(Daniel Frazão/o Vazio)

Ouça os meus ruídos.
Os meus chiados e rugidos.
Escute o desespero
De uma fábrica de carros...

Nivelar constante.
O apertar das molas.
É o desespero.
É o que você escuta.
São os caras conversando
Numa fábrica de carros...

O que fazer
Quando se tem
Muito o que fazer
Das seis às seis,
Descansando apenas uma vez?

Nada pra ser,
Não há nada pra ver,
Estamos sujos, amizade!
Sujos até o miolo,
Molhados como ratos,
Sem dinheiro e sem cigarros,
No ranger das molas
De uma fábrica de carros...

Ouça os meus ruídos.
Meus chiados e rugidos...
Gemidos e mugidos...
É o desespero
De uma fábrica de carros!

Maldita fábrica de escravos!

Intro: A História de "One Eye" Billy
(o Vazio)

Boa noite senhoras, senhores e senhoritas.
Eu agora lhes vou contar a história de “One Eye” Billy.
Billy nasceu nos idos de 1938,
Numa cabana às margens do Mississipi.
Aos dezesseis anos, no trabalho,
Billy perdeu seu olho direito.
Sobrou só o olho canhoto.
Por conta deste acidente, Billy perdeu tudo.
Despedido, Billy entregou-se à bebida,
Ao jogo e às prostitutas. Assim, sua família o abandonou.
Billy pôs seu violão às costas e deixou o Mississipi.
E vagou procurando se encontrar, singrando estradas e vielas,
Por todo o continente, sendo recebido hora como rei e hora como vira-latas.
Mas continuava perdido. 
Billy era do blues. E só lhe restou o blues. Billy se tornou o blues.
Perdeu-se nas idas e vindas da estrada por muitos anos...
Amou e sofreu por mil mulheres.
Foi surrado, perseguido e preso,
Para depois ser solto e ovacionado em dezenas de lugares.
Foi feliz de maneira trágica e lidou com a tragédia de forma irônica.
E foi em sua última jornada que eu o conheci. Eu era um garoto de 15 anos.
Billy era um velho de 58. Mas parecia ter 90.
Seus olhos pareciam conter toda a escuridão da noite,
Mas brilhavam como mil sóis.
Como não podia deixar de ser,
Foi numa noite escura.
Numa encruzilhada deserta.
Justo no momento em que “One Eye” Billy encontrou-se com "Ele"... E sua vida mudou;
Foi quando o velho negro caolho tornou-se algo assombroso e fantástico.
Billy deixou a poeira das estradas e tornou-se uma lenda.
Uma força da natureza.
E, ao assistir a tudo isso, minha vida também mudou.
Nesta noite, Billy deu-me o seu chapéu surrado e disse:
"Enquanto você usar este chapéu, 'Ele' há de te acompanhar.
E eu olharei por ti."
Depois disso, Billy desapareceu.
Dizem que, nas noites mais tenebrosas,
Ele é visto esgueirando-se nas sombras dos mal iluminados bares
Onde o blues escorre lenta e sofridamente,
Pescando as almas torturadas que por estes lugares vagam.
Tenho até hoje o seu chapéu...

O Bom e Velho
(o Vazio)

Já negociei minha alma contigo,
Meu bom e velho amigo.
Por alguns momentos ao teu lado,
Assinei com sangue o meu destino.
E escrevi com muito suor o nosso contrato.
Também já lutei contra ti com ódio,
Meu caro e melhor amigo.
Já tentei te matar com golpes sujos
Quando eu estava furioso comigo,
Pois que és a parte de mim que mais valorizo.
Já descobri em ti um sentido,
Meu valoroso e louco amigo.
E quando estou doente e deprimido,
Sei que também é você quem faz isso comigo...
Porque eu sei que o teu caminho é torto...
Rock and roll... O bom e velho...
Sei que foi por você que eu vim.
Sei que vou com você até o fim.
Você me alimenta e me devora,
Você me revolta com a vida
E me faz amá-la.
Sim, tudo isso me faz amar a vida.
E me faz ama-la para ir embora.
E me faz a mala para ir embora.
E me faz amar...

Todo Caminho é só de Ida
(Mandur/Trindade/o Vazio)

Num domingo de manhã,
Eles vinham caminhando devagar...
No caminho, o tempo
Parava só pra vê-los passar
Porque, nessa vida, todo caminho é só de ida...
Porque, nessa vida, todo caminho é só de ida...
Num domingo de manhã,
Eles vinham captando a luz solar...
No caminho, o tempo
Parava só pra vê-los brilhar
Porque, nessa vida, todo caminho é só de ida...
Porque, nessa vida, todo caminho é só de ida...
E a cada passo passa o tempo
E o passo já passou. Já passou!
E a cada praça passa o passo
E o tempo já passou, já passou!
Porque, nessa vida, todo caminho é só de ida...
Porque, nessa vida, todo caminho é só de ida...

Alma na Cara
(o Vazio)

Por dentro concreto, por fora disperso.
Por dentro sou carne, por fora sou verso.
Por dentro sou uno, por fora sou muitos,
Por dentro sou sempre e por fora sou de repente...
A minha alma é do lado de fora...
A minha alma é do lado de fora...
Eu levo a alma estampada na cara
E qualquer um que olha pode ver...
O futuro é incerto, acendo um incenso.
Olhos abertos, o caminho é intenso.
Não sei do que é certo, mas sei do que eu penso,
Por dentro sou sempre e por fora sou só instante...
A minha alma é do lado de fora...
A minha alma é do lado de fora...
Eu levo a alma estampada na cara
E qualquer um que olha pode ver...
A minha alma é do lado de fora...
A minha alma é do lado de fora...
A minha alma é do lado de fora...
A minha alma é do lado de fora...

Imperatriz Leopoldina com Luís de Camões
(Mandur/o Vazio)

Verso seguro, língua cortada.
Peito enfartado, linha riscada.

De palavras em palavras,
Escrevo a muralha.

Quebro as pedras e quebro os corpos...

Seios e pernas, quero o teu cheiro
(Podre e maravilhoso)

Gosto de pele, gosto de medo.
Gosto de pele, mas tem gosto de medo!

Sensação de sujeira.
Barulho dos carros.
Cheiro de Guanabara.
E um gosto de... pigarro...

Mais Atraente que Uma Solução
(Mandur/o Vazio)

A ilusão se desfaz num disfarce fajuto.
E a ilusão de prorroga num disfarce sincero.

Não sei explicar.
Não sei explicar.

A ilusão se desfaz num disfarce fajuto.
E a ilusão de prorroga num disfarce sincero.

Não sei explicar...
Não sei explicar:

Mistérios são mais atraentes que uma solução...
Mistérios são mais atraentes que uma solução...

O Eu
(Nando Rocha/o Vazio)

O EU...
Quem é esse cara?
Tão concreto em teoria, tão abstrato na prática...
Quem é esse cara?
O EU é quem dobra as esquinas e segue as calçadas,
Quando olho se esquiva, se vejo, não é nada.
Mas está nas esquinas seguindo as calçadas!
Quem é esse cara?
Tão concreto em teoria, tão abstrato na prática...
Quem é esse cara?
Nós já inventamos milhares de palavras para desculpar nossas mentiras
E as nossas verdades...
Não quero espelhos de vis vaidades!
Quem é esse cara?
Tão concreto em teoria, tão abstrato na prática...
Quem é esse cara?
Arquivei meu futuro, queimei meu passado.
Larguei meu emprego, mergulhei no lago
E resgatei meu espírito que estava afogado!
Quem é esse cara?
Quem é esse cara?
Quem é esse cara?
O EU...?

Pesada Mente
(o Vazio)

Cai em si.
Pesadamente.
E isso o faz sentir leve.
Cai em si.
Violentamente.
E isso o faz sentir livre...
De repente, aprendeu a dizer sem falar.
E sentiu alguma coisa mudar...
Cai em si.
Pesadamente.
E isso o faz sentir leve.
Cai em si.
Violentamente.
E isso o faz sentir livre...
De repente, aprendeu a dizer sem falar.
E sentiu alguma coisa mudar...
Sorrindo, sem palavras,
Desmente um destino já escrito.
Desafiando com silêncio
Um mundo feito de gritos...
Desafiando com silêncio
Um mundo só de gritos...
Desafiando com silêncio
Um mundo só de gritos...

Vou Entortar meu Violão
(Mandur/o Vazio)

Eu conheço você.
Você não me conhece.
Eu me lembro de você,
Você se lembra de mim? Ah...
Ou não?
Eu estava por aí, resolvi dar uma volta.
Eu estava por aí, mas agora estou de volta.
Eu estava por aí, resolvi dar uma volta.
Eu estava por aí, mas agora estou de volta!
Quero sonhar... (e aqui não tem nada)
Quero sentir... (eu não vejo nada)
Quero voar... (eu não posso nada)
Pra longe daqui! (eu não amo nada)
Ou eu não sou nada!
Vou entortar meu violão.
Eu já não sinto medo.
Já tenho torto o coração,
Não tenho medo do tempo, não.
Vou entortar meu violão.
Eu já não sinto medo.
Já tenho torto o coração
E sou amigo do tempo!
Sou amigo do tempo...

A Venda da Eucaristia
(o Vazio)

Vem a mim cavalgando o medo e abandona tua paixão.
Esquece o que tu és, em nome do que pensas que sou.
Vem a mim portando a culpa e abandona a visão...

Despe toda a carne que te cerca
E usa o manto invisível da promessa.
Pra não sofrer com a verdade que te cerca,
Usa o manto invisível da promessa.
Jejua sonhos à noite em nome da minha ceia!

Banha-te na dor, na infâmia e na injúria!
Te assume como escória em nome da minha glória!
Eu te entrego a redenção a se te palmos do chão!

Despe toda a carne que te cerca
E usa o manto invisível da promessa.
Pra não sofrer com a verdade que te cerca,
Usa o manto invisível da promessa.
Jejua sonhos à noite em nome da minha ceia!

Esquece a luz do momento e aceita a venda da eternidade.
Esquece a luz do momento e aceita a venda da eternidade.

Que fique a venda pela eternidade!
E fique à venda, pela eternidade!

Versos Psicodélicos
(o Vazio)

Senti um cheiro de vermelho
Escorrer pelos ouvidos
Com uma aparência amarga...
Deixei um doce pra você
Na caixa de sapatos.
Na caixa de sapatos...
Do céu choveram sons que fizeram meu jardim crescer...
Olhei pros lados com o olho do furacão
E havia sangue em minhas mãos.
Sangue em minhas mãos!
Quando o jantar estiver pronto,
Talvez saia pelo basculante da cozinha
E colha algumas estrelas matutinas pra gente comer de sobremesa...
E colha algumas estrelas matutinas pra gente comer de sobremesa...
Do céu choveram sons que fizeram meu jardim crescer...

Fechem as Cortinas e Derrubem o Palco
(o Vazio)

Todos os heróis já foram pro inferno.
Todos os heróis; uns de overdose, outros de terno.
Ah, já vi este teatro.
Então, pego a guitarra e canto:
No último ato, fechem as cortinas e derrubem o palco!
Toda idolatria teima em olhar pro dedo.
Toda idolatria. E não olha onde ele aponta!
Ah, já vi este teatro.
Então, pego a guitarra e canto:
No último ato, fechem as cortinas e derrubem o palco!
Fechem as cortinas e derrubem o palco.
Todos os medos serão derrubados.
Fechem as cortinas e derrubem o palco.
Todos os medos serão derrubados.
Tudo que é vivo morre. E o que não é, não nos interessa.
Tudo que é vivo morre. E o que não é, não nos interessa.
Tudo que é vivo morre. E o que não é, não nos interessa.
Tudo que é vivo morre. E o que não é... Não nos interessa...

(Algumas Vezes) Tive Medo do Futuro
(Farrah/Flavia/o Vazio)

Eu vinha andando pela rua sem saber aonde ir;
Gosto de andar na chuva. Pra qualquer lugar, vagar por aí.

Quando, de repente, olhei pra minha frente
E vi em que pé a coisa está:
Toda essa gente, tão incoerente,
Onde é que vai parar?

Eu tive medo do futuro quando ouvi as crianças dizendo
Que não se pode mudar o mundo...
Que um sonho não muda o mundo...

Algumas vezes eu me sinto só.
Algumas vezes, realmente estou.
Algumas vezes, minha companhia é um acorde de sol... Sol...

Algumas vezes, me sinto triste.
Penso em coisas... Aonde vou?
Penso no meu caminho: Se ele existe ou nem começou...

Eu tive medo do futuro. Que mesmice, será tudo escuro?
Se não se pode mudar o mundo...
Se um sonho não muda o mundo...
Se não se pode mudar, me mudo...


Se um sonho não muda, eu mudo...

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Rock and Roll. O bom e velho.